50 anos de sucesso

O restaurante que vos trago hoje vai comemorar 50 anos no próximo mês.
Fui lá ter por engano, e que belo engano!
Fui tão bem recebida, comi tão bem! Elevei demasiado a fasquia… Vai ser a minha perdição.
O restaurante fica no alto do Porto, no décimo quarto andar do edifício Miradouro, na Rua da Alegria. A sua vista panorâmica de todo o Porto e arredores  é deslumbrante. 
O Restaurante Portucale, foi inaugurado por Manuel Ernesto de Azevedo, um homem visionário que trouxe para o Porto o que o mundo da gastronomia tinha de melhor. O Funcionário, o Sr. António Ribeiro , que se encontra do lado esquerdo da foto, fala do fundador do restaurante com grande orgulho e entusiasmo. "Trabalho aqui desde ontem" dizia-me com cara de gozo " há vinte e cinco anos"... O Manuel Ernesto de Azevedo idealizava os pratos e o chefe do Portucale executava na perfeição. Entretanto o chefe do restaurante já não é o mesmo da abertura, mas a mudança não se sentiu. O atual chefe já pertencia à equipa da cozinha quase desde o inicio deste grandioso projeto.
Fui na hora do almoço, claro. Optei pelo menu executivo. O  Portucale é um restaurante de luxo, mas as dosagens são bastante generosas. Este tipo de requinte à mesa é cada vez mais raro, e faz-nos esquecer o desgaste do restaurante. A gastronomia transborda qualidade.
Optei por provar dois pratos, duas sobremesas e ficaria lá a semana toda se não tivesse de pagar a conta. Tudo é perfeito e nada  a apontar.
O menu executivo tem um preço muito agradável. Pelas entradas que nos colocam na mesa, por dois pratos, duas sobremesas, uma garrafa de vinho das pequenas, um café, ficou por pouco mais de €40. Muito, muito recomendável. Voltarei sempre que possível. 
As sobremesas são muito deliciosas. Qualquer dia vou lá só comer sobremesas. Recomendo os doces conventuais que são uma trilogia idealizada pelo Sr. Azevedo. Uma sopa abençoada pelas freirinhas de Stª Clara do Porto, Uma chilada do convento de S José e o toucinho do Céu. Tudo é feito lá no restaurante por uma "menina" que hoje, passados 50 anos desde a abertura do restaurante, é a doceira.
Já me alonguei demais, embora não tenha elogiado o suficiente a gastronomia deste magnifico museu do paladar.
Beijos deliciosos, até breve
Manuela de Oliveira










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