Depois de me apaixonar pelo Alentejo, viajei até ao Douro. A paisagem é completamente diferente!
As vinhas em socalcos preenchem as paisagens a perder de vista. Os rios cruzam-se em ziguezague com diferentes cores. Uns de tons mais esverdeados desaguam no principal, rio Douro.
É impossível virar costas a tão bela paisagem. Os barcos sobem e descem para que os viajantes possam apreciar tamanha beleza. E eu lá do alto, de costas para a piscina, olhei durante os dias a agitação silenciosa do rio.
Algumas uvas já a amadurecer começam a pintar um pouco mais a paisagem. E as Oliveira! Aquelas belas árvores que intercalavam com as vinhas de perder de vista, de noites iluminadas para nos deixar ainda mais rendidas.
Lá estava eu no alto, a apreciar o rio Tedo a desaguar no Douro, completamente rendida a tantas curvas e níveis. E o comboio passava, no outro lado do rio, devagar e apitava para nos seduzir ainda mais! Que bela imagem, que belo filme!
E tu Eça, que descreveste tão bem o Douro, mas que o traíste, pois na realidade, nunca o habitaste. Fizeste-me acreditar que o Jacinto foi feliz em Tormes, mas não.
Voltarei para usufruir mais desta beleza, desta paz, desta instigação da natureza.
Beijos verdes, até breve
MO
Dê a sua opinião